~ Ser sobredotado é, primeiro e antes de tudo, um modo de ser inteligente, uma forma atípica de funcionamento intelectual, uma ativação de recursos cognitivos cujas bases cerebrais diferem e cuja organização mostras singularidades inesperadas.
Não se trata, somente, de ter uma inteligência quantitativamente elevada, mas de dispor de uma inteligência qualitativamente diferente. Não é verdadeiramente a mesma coisa!
Uma inteligência fora da norma, e uma sensibilidade, uma receptividade afetiva, uma percepção dos cinco sentidos, uma clarividência cuja amplitude e intensidade invadem o campo do pensamento.
Nos últimos anos, de várias obras, um novo impulso de procura e de preocupações governamentais atraíram a atenção em relação aos sobredotados.
Não levar em conta as particularidades de funcionamento do sobredotado sobre duas versões, o intelectual e o afetivo, que construirão toda sua personalidade, é negligenciar toda uma parte da população sob o pretexto de ideologias ultrapassadas e de enganos. Ser sobredotado não é nem uma forma de ser arrogante, nem uma benção dos deuses, nem um dom privilegiado, nem uma sobreinteligência desejável. É uma personalidade de múltiplos recursos intelectuais e afetivos cujo potencial só poderá se inscrever geralmente como uma força da personalidade se e somente se esta componente for compreendida e reconhecida. Ignorá-la, ou pior, recusá-la injustamente, é aceitar o risco de passar ao lado de si mesmo. (...) ~ (França. S.-Facchin)