domingo, 29 de novembro de 2015

Já era hora...

... porém receio, a serem enquadrados em um sistema, e através de quem, no Brasil? Em princípio, significa um passo, um foco em direção aos sobredotados. Benzadeus.
http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/11/24/politica-para-superdotados-sera-analisada-em-plenario
<... substitutivo a projeto de lei (PLS 254/2011) de Marcelo Crivella (PRB-RJ) ...>
< Durante a discussão na comissão, Paim disse acreditar que o atual modelo educacional brasileiro ainda não consegue explorar com efetividade o potencial desse tipo de aluno. Os estudantes estariam em uma condição de “invisibilidade”, o que traz prejuízos para eles e para o país. >   
*
< Saber, é ter uma melhor visibilidade sobre si e sobre o mundo. É compreender que sua diferença se explica, que ela tem um nome, que se pode falar dela e explicitá-la. E isto muda tudo.
Inteligente de outra maneira/ O que se associa: uma inteligência quantitativamente elevada (aquela dos mais inteligentes que a norma) mas adaptada às exigências do meio ambiente e uma inteligência qualitativamente diferente cujo modo de funcionamento pode ser uma fonte de sofrimentos, aquela dos sobredotados (inteligentes de outra maneira).
A criança sobredotada é uma criança atípica, ela se tornará então um adulto singular. ... Ela tinha compreendido desde muito tempo... / Que quando se é adulto, se está só, mesmo rodeado de amor. / do muito pensar à impulsividade / ... Mas eu sei também que as faíscas de pensamento reacendem essa vivacidade intelectual sempre intacta e a qual, apesar de tudo, o adulto sobredotado continua a se conectar em segredo. / fina compreensão das coisas / como se a representação corrente de uma grande inteligência supusesse a obrigação de uma explicação? / o tempo: estar sempre deslocado / é clássico na vida do sobredotado, fuga do tédio / inadaptação social vem de  sua inteligência sulfúrica / situações que valem ouro, ao passo que para os outros isso será alguma coisa como as outras /  como se imagem de un espèce d'idiot  / juste différent / O que se minimiza: a extrema inteligência é indissociável da extrema sensibilidade, da extrema receptividade emocional. • O que se oculta: a hiperinteligência e a hipersensibilidade vulnerabilizam e fragilizam. • O que se ignora: sentir e perceber com uma lucidez afiada todos os componentes do mundo material e das relações humanas gera uma reativação emocional constante, fonte de uma ansiedade difusa.   
(...) As chaves essenciais ~ Sentir-se ao mesmo tempo como os outros e entretanto diferente. Mas diferente em quê? Por quê? 
A necessidade de guardar esta diferença toda querendo a todo preço <ser normal>, quer dizer dentro da norma.
A sensação que, se não se reage como os outros, não são os outros que podem ser colocados em causa, mas si mesmo. E, como o quer o pensamento comum: seu eu não sou <como os outros>, se eu não reajo <como os outros>, se eu não compreendo <como os outros>, então eu sou louco.
A necessidade de ser compreendido, tal como se é verdadeiramente. Os sobredotados partilham com a população afim num ponto central de funcionamento: sua diferença de adaptação ao mundo. Uma maneira de <estar no mundo>, que os distingue dos seus semelhantes. Então, às vezes, a confusão se instala, ... quando na verdade se trata de uma personalidade extraordinária, no sentido etimológico, quer dizer, fora do ordinário. Isto faz uma imensa diferença!
Então, sim, eu venho dizer a todos esses adultos sobredotados, aqueles que o sabem, aqueles que o compreenderam, aqueles que o ignoram tudo sentindo: vocês são pessoas singulares: - com sua forma de pensar- um modo de raciocínio, - uma maneira de perceber, de compreender e de analisar o mundo, - uma sensibilidade exacerbada, - uma emotividade transbordante, - uma necessidade de saber e de mestrado incoercível, - uma receptividade emocional intensa, ao ambiente, aos outros, - uma necessidade de questionamento e de colocação em questão incessante, de tudo, todo o tempo, - uma lucidez aguçada que vos deixa raramente em paz, (...)
... que fazem de vocês <estrangeiros> entre os outros ao passo que seu desejo mais íntimo seria de serem aceitos pelo mundo que vocês compreendem muito, tudo em não compreendendo nada, que vocês procuram aprisionar e que parece sempre escapar, pelo qual vocês quereriam vos fazer adotar e que vos rejeita a partir do momento que vocês vos exprimem...
Ser simplesmente comprendido. Compreendido na sua singularidade. Pois você não pede para ser compreendido ao fundo: você compreende bem que os outros não podem sempre vos seguir nos seus raciocínios, nos seus questionamentos, na sua sensitividade, mas você pede somente ser honestamente compreendido num respeito mútuo de identidade de cada um. (...) Muito difícil efetivamente de compreender e aceitar que este ser inteligente e sensível teria podido agir, intervir, de forma tão inadaptada. Não se pode chegar a o crer. Frequentemente o sobredotado procurará vos persuadir que ele não o fez de propósito, que ele não pensou nas conseqüências, que ele não havia bem compreendido e, tão surpreendente e desconcertante que isto possa parecer, é verdade! O que o pode conduzir a impasses de comunicação: o outro não pode entender uma inverossimilhança igual e insiste. Então o sobredotado, no fim de argumentos justificáveis, deixa o <combate> . Ele se fecha, não diz mais nada, foge. Ele não sabe mais o que é preciso dizer e prefere se subtrair à confrontação por impotência de o afrontar. O outro não tem argumentos válidos, ele o sabe, mas o outro não pode admitir. >
(J. S. Fachin)
https://www.youtube.com/watch?v=5f5Zg9gFCLs   ce petit bon homme qui parle comme un grand. hiper sensible, devant où les insultes 'sont un martire, est-ce que je peux les attacher? mais pour les autres c'était la rigolade, je ne comprend pas..', il dit. 'Je pense que j'suis super fort; vraiment très seul parce que personne ne comprennais'.