quinta-feira, 21 de junho de 2012

sobredotado. um artilharia de defesa.

~ É o momento de empregar “inteligentemente” todo seu tesouro de guerra: do menor átomo de inteligência à menor partícula de sensibilidade, e compreender com sua cabeça e seu coração, ainda mais.
Então, este cujo corpo e a alma são tão sensíveis ao ambiente, pode afinar cada uma de suas cordas, com sagacidade, perspicácia, eficácia, para guardar o coração de alvo como objetivo constante: o centro de si mesmo.
Esta pessoa de outro mundo, o personagem de todos os extremos, tem em si um verdadeiro “tesouro de guerra” para afrontar e fazer com o mundo. Para ativar sua resiliência. Seus recursos são consideráveis, mas muito frequentemente sumidos sob camadas espessas de renúncia, de decepção, etc. Mas, mesmo fugido, mesmo se não tem consciência, mesmo se ele não tem momentaneamente diretamente acesso, este tesouro lhe pertence sempre, pronto para uso. 
A colocação em ação de todos os sentidos simultaneamente e sua notável capacidade de discriminação, dão ao sobredotado uma presença no mundo fora do comum.  A hiperestesia amplifica todas as percepções. Ela permite criar o bonito lá onde outros não verão senão o banal. Ela ilumina o mundo pela densidade emocional que todos os sentidos proporcionam. A hiperestesia pode ser utilizada para capturar o ambiente e o magnificar. Utilizar todos os sentidos para abraçar o mundo. (uma autora)
... Parecido?, mas tão diferenciado... ~ 

Deixem-me naquele centro da existência no qual ninguém outro tem alcance, e de onde Percebo. Guardo. Minha linguagem é diferente. E a medida, maior, não se conforma à de réguas existentes.




quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sossego - um conto sobressaído do sussurro.


imagem: Viviane Anetti


Um lugar chamado Encantado. De Sossego, para Encantado, um pulinho só. Os dois em um, fazem-se sonoros, como se o silêncio sussurrasse bem pertinho dos ouvidos.
Toda a mata tem ouvidos. O que ecoa lá não é deste mundo não. Observem as vozinhas. Dá para imaginar que elas têm feições? "Curucará, curucará"... de repente, no meio dos galhos ou no fundo do céu.
Onde estão as folhas, secas ou tenras, verdes ou cansadas do verde, travestidas em cores desbotadas? Passando pelos sentidos, habitando árvores, colecionando símios sábios. Folhas como que repousadas na terra, assim mesmo a pertence... tornam-se o cio do chão... em meio a frutas tombadas remontam a alimento e dão nome ao outono.
Uma mansarda encabrunhada para os passos de quem a avista ocre.
Um mosteiro esta falta de voz em lugar nenhum.
Quem será que lá habita? Haverá gentes além dela?
O passo-a-passo perpetua-se, os sentidos aguçam-se.
Talvez aquele lugar esteja perto do céu, não exista. Assim tão tranquilo, mas que poderia contar uma história turbulante, percebe-se. Sustentado por algo do além-presente, atemporal.
Vozes que ficam nas pedras e na terra. Frutos que nascem e sangram memória.
Se há vida de humano, onde?
O próximo morro ou mesmo arbusto, confidenciará alguma verdade a porvir? Cloacas de rãs, saúdam a saúde das águas também.
Sombras de gentes, nem um pouco.
Procura-se ouvir um respirar, quem sabe, alguém que olhe ou fale. Silêncio e nem ares de gente humana. Assim melhor. Mas curioso.
Deitar ao solo fresco, o cansaço aguarda, de cima o céu alarga, dos cantos, vêm grilililos. Voadorim dos insetos coloridos, asinhas que perpassam os suspensos desejos.

Viviane Anetti

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cidadela interior.

Meu elo é com a essência, 'essence-ciel' (essência-céu). Magnífico.
Pertenço àquilo que é meu imenso universo, e lá transito em maravilha.
Viviane Anetti


F. Garagnon: Cultivo da liberdade de espírito que Goethe chamou graciosamente de 'cidadela interior'.



               

Desabafo existencial. E livros.

Sous mes yeux il y a des livres et des livres. Je peux penser en les prends, jusqu'à sa fin, parce qu'ils sont innombrables. Je regrettes, il n'y a pas tant de temps dans une vie pour les lire entières. Pourquoi la connaissance est-elle si jolie, si séductrice, pourquoi? Pour après s'enfuir à un futur incertain, perdu par l'infinit, en nous montrant la finitude? 
Doucement.
Viviane Anetti









quinta-feira, 7 de junho de 2012


Pertenço àquilo que é meu imenso universo interior, e lá transito em maravilha.